Tolerância x Normalidade - O Que é Mais Correto?

Bom dia, pessoal.
 
Nestes últimos dias, fiquei refletindo a respeito da palavra tolerância, por conta de ter relembrado de um debate em sala de aula, onde um colega expôs, com muita propriedade, que ela vem carregada de um pressuposto não tão favorável: de que há uma aceitação forçada de diferenças.

 
De fato, buscando algumas definições lexicais, algumas delas colocam o respeito e o amor como condição primordial, porém "mesmo em relação às ideias e pessoas que não são gradas".
 
No pós-guerra (II Guerra Mundial), a ONU instituiu no Oriente Médio, a divisão de alguns territórios em parte judaica e parte palestina, por conta de evitar a diáspora do povo judeu (cerca de 6 milhões de pessoas) ao redor do mundo, devido serem refugiados de guerra. Com isso, em 1948, foi criado o Estado de Israel. Por outro lado, por anos e anos a fio, o Estado Palestino, por sua vez, não foi instituído, o que fomentou diversos conflitos, os quais perduram até hoje.
 
 

 
Aqui, podemos dizer que os dois povos apenas se toleram, já que têm que conviver em um mesmo território, considerado sagrado e proprietário por cada um deles? Cabe refletir a respeito, pois ainda não houve o pleno desenvolvimento do amor, respeito e aceitação das diferenças, religiosas principalmente.
Por outro lado, dentro da realidade brasileira, as chamadas "tribos urbanas" ainda devem buscar uma evolução espiritual muito grande, por conta do preconceito arraigado e herdado por hábitos culturais bastante distintos. Falando diretamente: algumas delas, como o "white power" e anteriormente a isto, a Ku Klux Klan, que na década de 1920 principalmente, promoveu atividades de linchamento e segregação das chamadas "minorias", como os negros, católicos, judeus e asiáticos, porém tendo a justificativa de ser um grupo de brancos protestantes de caráter "fraternal".
 
 
Neste sentido, chego no segundo ponto de análise: o da palavra "normalidade".
 
Grupos segregacionistas, como o listado acima, ao mesmo tempo que consideram que praticam a dita "tolerância" dentro de suas fileiras, consideram que o ponto de normalidade em uma organização social permite a discriminação das minorias.
 
Decerto (e isso já abordei em outro artigo), quando nos embrenhamos em uma associação, procuramos nutrir o nosso sentimento de pertencimento, de enraizamento, assim como, passando isto para um exemplo ao nosso dia-a-dia, sentimos grande necessidade de retornarmos ao lar, após um tempo de férias que estamos ausentes, mesmo considerando que estamos nos divertindo e tomando contato com o diferente, o novo.
 
O ponto que quero chegar é o seguinte: demorará muito para a humanidade deixar de considerar plenamente as minorias como algo a "tolerar", passando a um estágio de convívio normal. A informação mal fundamentada, em adição ao preconceito puro e simples, no caso da aceitação da normalidade quanto à existência de homossexuais na sociedade, faz com que um ato corriqueiro, seja algo totalmente condenável para alguns... (vejam as respostas a partir de 07:30min de vídeo)


O normal aqui (receber uma transfusão de sangue para salvar vidas), acaba tendo que ser "tolerado", por conta desta necessidade premente, mas não é visto com bons olhos por alguns, se o sangue for proveniente de um homossexual.

Muitas vezes a gente deve abrir um pouco a nossa mente para poder perceber que o mundo é muito mais amplo do que determinados dogmas querem fazer-nos acreditar. Eu mesmo, que sou a princípio totalmente fechado à música sertaneja, por sugestão de uma grande amiga, pude ver que a gente pode extrair, mesmo de algo não muito de nossa preferência, algo muito legal e significativo...


O que me fez também relembrar outro clipe ligado às boas maneiras e forma divertida de resolver os problemas da vida...


Até a próxima postagem, pessoal!


 
 

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