Não "Deixa a Vida Me Levar" - Zeca Pagodinho

Boa noite, pessoal!

 

Existe um bairro, dentro de Duque de Caxias, chamado Xerém. Este bairro está distante cerca de cinquenta quilômetros da capital do Estado do Rio de Janeiro.

Situa-se na subida da serra Fluminense, próximo a Petrópolis e possui uma montadora de ônibus, a Ciferal Marcopolo, o campo de treinamento do Fluminense Football Club (http://www.fluminense.com.br/site/futebol/xerem/historia/), e também os estádios do Duque de Caxias e do Tigres do Brasil.

 

 

 

Xerém também é conhecido por sediar o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).

Porém, nos últimos dias, foi notícia por ser palco de chuvas torrenciais, deslizamentos de terra e destruição de várias casas...

 

De repente, entre os voluntários que foram às ruas para ajudar os vizinhos, aparece o cantor Zeca Pagodinho. Ele e a filha Elisa tinham acabado de passar pela parte mais atingida pela chuva.Dono de uma propriedade no distrito há mais de 20h, que reúne celebridades do samba, e é famosa por conta disso, desta vez Zeca abriu o sítio para as pessoas que perderam suas casas nas enchentes.

 

 

Aparte o gesto solidário de Zeca, que repercutiu em diversas redes sociais, e apenas reforçou a sua característica de auxílio às comunidades carentes, toda esta situação retoma um assunto que, esquecido, ainda reina no círculo de vergonhas que o país insiste em cultivar: a prometida construção de casas na região serrana do Rio de Janeiro, não cumprida.

Quase dois anos após a presidenta Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral prometerem, a construção de 6 mil casas populares para abrigar as vítimas das chuvas da Região Serrana do início de 2011, nenhuma está pronta. Segundo o governador Sérgio Cabral, as primeiras – entre 300 e 400 – devem ser entregues até abril, dois anos e três meses após a tragédia.

 

 

Um promotor de justiça, chamado Carlos Saturnino, autor de 13 ações pedindo obras de prevenção contra deslizamentos, suspensas pelo governo, resume bem a situação reinante: "Estado deixa a população à própria sorte".

Ironicamente, neste contexto todo, quem canta "Deixa a Vida me Levar", não fica inerte perante a ela, como o Estado o faz...

 

Parabéns, Zeca!

Até a próxima postagem, pessoal!