Perdoar e Amar Não é Subjugar-se... Lembrem-se Disso!

Olá, pessoal...
 
Eu não sei bem o que acontece com a humanidade de hoje, em termos de valores. Acredito que o ditado "inversão de valores" seja a tônica vigente nesta sociedade tão caótica, onde a imposição da força psicológica e física tem muito mais importância do que o diálogo, a conciliação, a generosidade, a compreensão e a capacidade de compreender que a liberdade de expressão é fundamental para o crescimento (tanto individual, quanto de uma nação).
 
Nos últimos dias, analisando a palavra sentimento nos seus mais amplos espectros, pude constatar o quanto ela é desprovida de importância por nós. Ou então é mal entendida por alguns, ou então talvez eu, ainda não tenha o espírito convenientemente evoluído para, por exemplo, aplicar o substantivo abstrato "perdão" no seu mais extremo significado.
 
Por que motivo estou tecendo estes comentários? Porque aprendi, ao longo do tempo, a duras penas, a custa de erros de conduta (sim, faço um "mea culpa" quanto a isso), que amar não é depender de alguém. Evidentemente que, quando estamos apaixonados, nós tecemos as mais metafóricas expressões, do tipo "eu não vivo sem você", "minha vida sem você não tem sentido", por conta de um sentimento crescente e vívido dentro de nosso corpo e alma. Mas, amplificar estas frases no âmbito literal, por conta de uma expressão machista de propriedade é totalmente errado e vocês irão entender bem o que quero dizer, pela ilustração de um caso absurdo (logo abaixo).
 
Estou me referindo à jovem Sayara de Araújo, de 18 anos, que foi brutalmente espancada pelo seu "namorado", conforme visualizamos em fotos abaixo:
 

 
No âmbito da análise que eu estou fazendo, infelizmente, mesmo sofrendo o que sofreu, a jovem afirma que ainda daria uma segunda chance ao seu namorado, porque acredita no poder de mudança dele. Frise-se bem (e isso será visto durante o vídeo abaixo), que o ato de bater já vem de longa data... então, este poder regenerador alegado por ela, em minha opinião, é inexistente.
 
Trata-se de uma célula isolada do desvirtuamento da nossa sociedade como um todo. Se no âmbito doméstico a coisa é levada no dizer "os brutos também amam" (?), expandindo isso para a convivência entre cidadão de bem e criminosos e mais ainda, entre povos, etnias, religiões e até raças diferentes, deveremos então ter uma postura permissiva demais perante ditadores, matadores e outros elementos nocivos e totalmente incapazes de conseguir uma reintegração à vida de cidadão?
 
A jovem Sayara infelizmente acredita neste poder de perdão irrestrito, a ponto de aventar uma retomada de relacionamento. Desta feita, até mesmo sob o pretexto de confessar uma traição, o próprio apresentador (José Luiz Datena), o qual estamos normalmente acostumados com os seus arroubos e destemperos exagerados, falou com muita propriedade que o que ela cometeu não foi e passou longe de uma "traição" tradicional: foi na realidade um grito de liberdade, perante uma conduta opressora a ponto de proibi-la ver a irmã... (veja a partir de 09:25min).
 
 
Ninguém (ainda mais uma pessoa com a pecha de machismo arraigada sobre si próprio) tem o direito, como disse o apresentador, a bater em uma pessoa a este ponto, de deixá-la totalmente desfigurada e com seqüelas que poderão persistir por toda a vida.
 
Torna-se difícil de entender a que ponto o "amor" por outra pessoa chega. Podemos dizer, no caso da Sayara, que está cegando-a, tanto conotativa, como denotativamente...
 
Até a próxima postagem, pessoal!
 
 
 

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