Resenha Musical - Tina Turner - Heróis Não Precisam de Capa...

Será que nossa vida acabará na escuridão ou nossa história brilhará? Em muitos casos existe uma dificuldade grande de responder tal pergunta porque acabamos por colocar nosso real propósito em segundo plano, sob pretexto de termos que buscar a nossa sobrevivência neste mundo. 

O aspecto do brilho de nossa história faz parte da letra de uma das músicas mais emblemáticas de Tina Turner, cantora que faleceu na data de hoje, deixando-nos órfãos novamente. Estamos sendo alijados, infelizmente, quanto à presença de muitos ídolos de uns tempos para cá, destacadamente Rita Lee, Andrew Fletcher (Depeche Mode), Neil Peart (Rush), John Wetton (Asia), Gal Costa, Irene Cara, dentre outros nomes.

Ela faz parte dos artistas os quais se nós ouvirmos determinados refrões, já realizamos associação imediata. Seu nome verdadeiro era Anna Mae Bullock, mas a contragosto, foi alterado para Tina Turner, por imposição de seu marido, o músico Ike Turner. Teve uma passagem no Brasil, em 1988, onde inclusive encontrou Pelé (foto abaixo). Poderíamos associar como alcunha a ela, "Simply The Best" (simplesmente a melhor), mas ela faz parte de um conjunto de artistas ao redor do mundo que podemos dizer, compõem uma espécie de deuses do olimpo das notas musicais. 

Cantou o sentimento e a superação, também atuou como uma vilã em Mad Max (1985), onde interpretava uma vilã chamada Titia Entity, papel de destaque, mas também no musical Tommy, como Acid Queen, este indicado ao Globo de Ouro de 1976. 

As músicas têm seu significado em nossas vidas, e fazendo um paralelo com a atual fase da humanidade, que anseia por mudanças de paradigma em relação ao relacionamento para com o seu semelhante, em termos de recuperação da ética, generosidade e empatia, parafraseando um pouco mais da obra de Tina Turner, fica no ar a pergunta: quando iremos mudar, pois vivemos com uma aura de incertezas e medos, que podem fazer com que muito dos recursos existentes no planeta não restem mais em um futuro próximo. 

Para isso, acredito não precisarmos de outros heróis, mas apenas vestirmos a capa do senso de humanidade que habita em cada um de nós. Com isso, o planeta ainda terá salvação...