Falta de Privacidade é Ter Privacidade...

Bom dia, pessoal.

Resolvi escrever este pequeno artigo, neste fim de manhã de domingo, por conta de saber que para algumas pessoas, termos privacidade representa uma falta de privacidade dentro da privacidade que buscamos...

Parece confuso, eu sei. Mas eu fundamento a afirmação acima na análise de determinados comentários colhidos como exemplo na internet (em especial nas redes sociais), os quais parecem querer reger e julgar a nossa conduta pela falta de comentários, postagens ou envio de fotos de momentos de nossas vidas, os quais, dentro de nossa própria ótica, julgamos que são realmente privados e que devemos somente comentar ou tecer ideias a respeito, com pessoas de maior proximidade afetiva ou de amizade. 

Por conta disso, esta privacidade esperada causa uma certa comichão em algumas pessoas, as quais representam em seus comentários desmedidos, a alegada "falta de privacidade" a qual citei, dentro da privacidade almejada por cada um de nós...


Acredito que para ilustrar o ponto onde quero chegar, um exemplo prático pode melhorar o entendimento deste meu desabafo: atualmente, na minha rede de pessoas conhecidas no Facebook, mantenho aproximadamente 630 amigos. Mas é óbvio e lógico que a imensa maioria destas pessoas não tem porquê ficarem sabendo dos pormenores da minha vida, dos meu arroubos sentimentais, dos meus anseios mais íntimos, porque são pessoas as quais, por circunstância de um trabalho de divulgação que mantinha na rede com grande frequência, se interessaram em manter contato esporádico comigo somente para receber informações a respeito. 
A nossa identificação com determinados grupos sociais, estampada na quantidade de contatos em nossa rede social, não significa necessariamente um vínculo extremamente forte com cada uma delas. Fazendo outra analogia, quando estamos nos bancos acadêmicos, pertencemos a um determinado nicho (nossa classe), a qual possui um número x de pessoas (digamos 50 alunos, para exemplificar), dos quais, um número y deles, seja por identificação, seja por outras circunstâncias, não nos aproximamos de maneira mais íntima, mas nem por isso deixamos de sermos corteses, polidos e divulgadores de informação. Assim sendo, apesar do Facebook apresentar filtros bastante eficazes de postagem, há fatos na vida que julgamos que não devemos fazer tanto alarde, mas que, dentro do nosso íntimo, têm toda a carga de alegria, emoção e nostalgia...
Este assunto relativo à privacidade, eu já havia postado anteriormente, na forma de outro desabafo, em uma postagem que alguns podem achar divertida, outros nem tanto. O título dela é "A Maldição do Infinity-Pré", fazendo uma pequena associação entre a popularidade dos celulares e a exposição desnecessária de nossa privacidade, dentro de um ambiente coletivo.
O link desta postagem encontra-se abaixo...
Até a próxima postagem, pessoal.

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