Comercial Citröen C4 - Análise Crítica

Bom dia, pessoal!

Sim, estou na alvorada de um novo dia, mais precisamente dentro dos primeiros 30 minutos do Domingo, dia 06 de novembro, a escrever esta pequena crítica, após um pequeno estalo perceptual a respeito de como podemos absorver múltiplos conceitos, mesmo em um espaço curto de um comercial de tevê.

Pois bem: estou falando do comercial do automóvel Citröen C4. Para prosseguir com a minha resenha, eu o disponibilizo, assim assistirão e farão uma comparação com os comentários que tecerei a seguir.


O comercial trabalha com um primeiro precendente que é o da autosuficiência e da independência, pois parte do mote de que se fôssemos o único ser humano da face da Terra, poderíamos desbravar muito mais facilmente todos os territórios desejados, conhecer o desconhecido, alcançar o inóspito, tendo como elemento propulsor um carro movido a motor, possante, confortável e de design impecável.

Em primeiro lugar, em minha opinião, acredito que os momentos de introspecção são realmente muito importantes em nossas vidas, pois permitem uma auto-reflexão e mudanças de paradigmas, notadamente após alguns erros de conduta cometidos. Por outro lado, acredito que ninguém neste mundo é autosuficiente em qualquer tarefa e o viver em coletividade pressupõe aceitar as diferenças e não ficar totalmente alheio ao que se passa além das fronteiras de um habitáculo a motor, que é um automóvel. E, considerando os tempos atuais, onde muitos inconseqüentes são encorajados a utilizar um carro como extensão de uma coragem sem limites, misturando potência de cavalos com atitudes cavalares de beber após dirigir, a associação entre individualismo ("único ser humano na face da Terra") e velocidade constitui-se de gosto no mínimo duvidoso...

Na segunda parte da abordagem comercial, é feita a associação entre a posse deste mesmo carro com a capacidade do "macho" conseguir auferir diversas mulheres bonitas. Decerto, para nós, homens, é importante termos a presença feminina em nossas vidas. A beleza, o companheirismo e a companhia inestimáveis que elas nos proporcionam, são importantíssimas ao desenvolvimento pessoal e profissional. Mas, na associação de idéias que o comercial deseja passar, a sedução do carro faz com que o seu dono seja o único centro de atenções e o único capaz de ser o detentor de qualquer espécie de beleza, sem necessitar de avaliações mais substanciais a respeito de valores importantes à existência humana.

Nestas horas me rendo ao saudosismo, ao bom gosto e à inteligência daqueles comerciais dos tempos da vovó, como o do cobertores Parahyba...


Ou então a da bala de leite Kids.


Até a próxima postagem, pessoal!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nero e a "Dança da Manivela"... - Será Possível???

São Paulo - 460 Anos - Fatos e Curiosidades - Feliz Aniversário!!!

Plásticos, Vidros, Químicos - Crônica de uma Abordagem Inusitada dos Elementos Inanimados...