Dia das Mães - Carlos Drummond de Andrade

Costumo, sempre que há possibilidade, ouvir pela Jovem Pan AM, um programa chamado "Jovem Pan no Mundo da Bola", comandado pelo jornalista Flávio Prado. Ocorre sempre aos sábados, e não limita-se apenas a transmitir informações dos campeonatos de diversos países, mas também oferece dicas de turismo, os maravilhosos "textos que rodam o mundo", recheados de poesia e sentimentalismo, além das homenagens aos craques em "um dia, um gol, uma saudade".

Boa parte dos textos são do poeta Álvaro Alves de Faria e tem locução de Roberto Müller.

Neste sábado, véspera de dia das mães, especialmente tocante foi a homenagem prestada a elas no programa, pela verbalização do poema de Carlos Drummond de Andrade, denominado "Para Sempre". Segue abaixo esta linda obra de Drummond, como homenagem à todas as mães do planeta.

"Por que Deus permiteque as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba,
veludo escondidona pele enrugada,
água pura, ar puro, puro pensamento.
Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça, é eternidade.
Por que Deus se lembra - mistério profundo - de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:
Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora,
será pequenino feito grão de milho."

Feliz dia das mães e até a próxima postagem, pessoal!!!

Comentários

Vanessa Oliveira disse…
Oi TIO GRAUCO :D rs. Seu blog é bem instrutivo. Adorei!
Vou te linkar. Meus blogs: http://vanessaoc.blogspot.com e http://minhasdesequilibradaspalavras.blogspot.com
Bjo

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