Dia Internacional da Mulher - Vida Maravilhosa...

Boa noite, pessoal!

Hoje é Dia Internacional da Mulher (08 de março) e, além do caráter comemorativo da data (explicaremos oportunamente a razão dela), uma reflexão surge em nossas mentes: qual é o papel real dela em nosso dia-a-dia? Existem direitos iguais? Há respeito por ela?

A mulher, com todos os seus papeis acumulados, dia após dia, encara a vida da maneira que descreve a linda letra da música "Vitoriosa", de Ivan Lins: de uma forma maravilhosa, numa "louca liberdade", que, ao mesmo tempo que nos proporciona a risada mais gostosa, nos oferece os choros de emoção mais significativos de nossas vidas...


Sempre teve que romper barreiras, obstáculos, preconceitos. Durante muito tempo, foi explicitamente relegada a segundo plano na estrutura machista da sociedade, tanto que, somente a partir de 24 de fevereiro de 1932, permitiu-se a instituição do voto feminino e a permissão de concorrerem às eleições legislativas no Brasil.
 
Se hoje constamos diferenças de remuneração em cargos similares e também menor probabilidade de promoção e oferecimento de oportunidades em vagas tipicamente masculinas, que dirá no século XIX, onde a desigualdade era ainda mais gritante?
 
Sim, esta constatação de uma situação de prática escravidão de um grupo de mulheres, determinou o 8 de março como esta data comemorativa. Mais precisamente, no dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, organizaram uma grande greve, motivada pela reivindicação de melhores condições de trabalho. Dentre as injustiças vigentes, elas cumpriam jornadas de trabalho de 16 horas/dia e recebiam cerca de 1/3 da remuneração masculina para a mesma função e tinham um tratamento indigno.
 
 
A reação a este protesto não poderia ser mais trágica: cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato selvagem, após serem trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada.
 
Na linha do tempo histórica, infelizmente, mesmo havendo avanços como a Lei Maria da Penha e a Delegacia da Mulher, as brasileiras ainda sofrem com a violência. Esta pode ser manifestada e tipificada de diversas maneiras, conforme descreve muito bem o link abaixo, da Escola de Serviço Social do Rio de Janeiro:
 
 
Segundo dados da Organização Mundial da Mulher, o Brasil ocupa o 84º lugar dentre os países que possuem o maior índice de violência contra as mulheres. Isto mesmo considerando a instituição da Lei Maria da Penha, citada anteriormente, a qual basicamente trata a questão como de um potencial ofensivo muito maior do que outrora.
 
Maria da Penha é biofarmacêutica cearense, e foi casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viveros. Em 1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, grtitando por socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica A segunda tentativa de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros empurrou Maria da Penha da cadeira de rodas e tentou eletrocuta-la no chuveiro.

 

Apesar da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Viveros conseguiram anular o julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado há dez anos de reclusão mas conseguiu recorrer.

Mesmo após 15 anos de luta e pressões internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiro só foi preso em 2002, para cumprir apenas dois anos de prisão.
 
Este relato ilustra a controversa relação de alguns homens, os quais dissimulam e desvirtuam o real significado do dito popular "em uma mulher, não se bate nem mesmo com uma flor". Constatamos que ainda falta muito para que determinados pensamentos preconceituosos e retrógrados, saiam totalmente da esfera da sociedade.
 
Nós, os autores deste texto (um homem e uma mulher), vemos somente flores em vocês e parabenizamos novamente este dia tão especial com esta bonita canção do Ira!, chamada "Flores em Você"...
 
De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois...

Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer...

Que vejo flores em você!...
 
Até a próxima postagem e muito obrigado!

 
 

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