Repouso em Movimento? Antevisão da Terceira Idade...
Quando ouvi a canção-tema da
minha crônica (ou será, artigo!!!) de hoje, diversas correlações vieram à minha
mente e é justamente por isso que resolvi oferecer algumas linhas, não diria em
homenagem, mas sim derivadas destes pensamentos, presentes em minha vida
cotidiana.
Primeiramente, dentro desta linha
do tempo em que sou fã da banda, extraí de diversos clipes e canções dela o ato
de correr. Seja para inspirar o heroísmo intrínseco em nós (associado à nossa
faceta de generosidade), seja também para fugir e ao mesmo tempo buscar uma
liberdade pós-aprisionamento.
Correr aliás, contrasta com um
ambiente onde pessoas de mais idade residem. E eu fico literalmente imerso
neste nicho, constantemente, porque uma pessoa muito próxima, de minha família,
vive em um residencial. A propósito, são aproximadamente 20 velhinhos, cada
qual com seu problema e história, muitos com uma perda notória de noção entre
um mundo interno e um mundo real. Muitos deles têm um universo peculiar, um “infinito
particular”, difícil de ser decifrado, seja pela dificuldade em expressar algo
completo e entendível, seja por ter poucos momentos em que são realmente
ouvidos e saiam do “lugar comum”. Essa é a realidade de muitas casas de repouso
espalhadas por este Brasil afora, e incluo nelas a que meu pai atualmente vive,
devido ao Alzheimer...
Evidente que é improbabilíssimo
acontecer as cenas da música sob análise (“Run” – Foo Fighters), mas no mundo
imaginário das transgressões seria uma quebra de paradigma e uma revolução
subversiva passível de análise? Envelhecer muitas vezes denota uma falta de
significado, uma falta de emoção e uma improdutividade, um afastamento das
possibilidades do mundo. Sair um pouco da tríade “sopa rala x comida sem sal x
remédios por tomar”: não teriam eles direito disso?
Segue abaixo a canção e
respectiva tradução para refletirem:
Até a próxima postagem, pessoal!
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