Reflexões em Tempos Virais... - Parte 3


Bom dia, pessoal.

Parece que estamos percorrendo um caminho recheado de coisas concretas, mas que na realidade são mais abstratas do que aparentam ser. Invertemos nosso tamanho em relação ao ser microscópico e nos relativizamos, na tortura do confinamento, como se fôssemos muito pequenos em grandeza em relação a um organismo invisível a olho nu.

Foi preciso uma declaração de guerra contra um inimigo enigmático, detentor de armamento muito distinto em relação às esquadras tradicionais, para que uma rede de engajamento e voluntarismo se formasse nos quatro cantos deste planeta.

A II Guerra Mundial também envolveu nações em escala exponencial, algo sem fronteiras e sem diferenciação de categoria de pessoas (civis e militares). Ceifou mais de 50 milhões de vidas, tendo sido motivada por um desnecessário estabelecimento de poder que um líder político-militar da época julgou ser relevante para estabelecer um incorreto conceito de puritanismo de raça.



Ironia do destino, mesmo o velho continente, cujo grau de desenvolvimento e integração mostrava-se superior a outros rincões do planeta, foi o cenário deste conflito e agora é um dos protagonistas do drama do contágio. Os pontos de visitação turística obrigatórios, como as cidades da Lombardia e até mesmo a cidade luz, agora são meros pontos contemplativos mediante à visitação virtual. O elemento quase invisível propiciou, tal como em termos de invasão de exércitos nos mais variados territórios, um toque de recolher quase compulsório, que futuramente poderá vir a ser obrigatório, dependendo da evolução desta pandemia.

Recolhemo-nos à nossa significância, por um extrato de insignificância, pois mesmo de posse dos mecanismos de controle do mundo, como a saúde, o dinheiro e a ciência, não conseguimos derrotar o inimigo. Agora é uma mera questão de luta contra o tempo.

Até quando irá a quarentena afinal?

Até a próxima postagem, amigos...

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