Reflexões em Tempos Virais... - Parte 2
Olá, pessoal.
Pegando um “gancho” na última postagem que enviei aqui, resolvi explorar um pouco mais o assunto sobre a questão ligada aos acidentes de trânsito no Brasil e no mundo. Isso me remete a um “flashback”, um acontecimento que me marcou por toda a vida, pois já me envolvi em um acidente de trânsito, indiretamente por certa imprudência de minha parte, dado que conduzi um veículo em uma condição adversa (sono e sob o efeito de medicamentos para amenizar os efeitos de uma gripe).
Deste fato que, felizmente não resultou em algo severamente trágico (apenas danos materiais), aprendi que, apesar de nos considerarmos muitas vezes infalíveis e cautelosos o suficiente, sempre haverá algo a aprender e sempre haverá necessidade de nos policiarmos cada vez mais e mais e mais...
Esta postagem não tem a intenção de tecer alguma comparação do tipo que tenta depreciar o problema que atualmente vivemos, mas sim ser uma mola propulsora para refletirmos que por nossa ação, imbuídos pelo papel de cidadãos que deveríamos ter, poderíamos contribuir para amenizar a sobrecarga dos profissionais e do sistema de saúde brasileiros. Poderíamos colaborar para que aquele nosso semelhante, com uma patologia séria, tivesse a devida oportunidade e dignidade de ser tratado como real cidadão deste país.
Em dois documentos que li (não inteiramente, mas parcialmente), extraí algumas informações que sinceramente espero que você leitor, quebre alguns paradigmas, tais como pensar que “ah!, mas é só uma latinha...” ou então, “isso nunca vai acontecer comigo, sou forte para beber...” são salvo-condutos para achar que é normal a prática do beber + dirigir.
Não, esta equação de forma alguma é e nunca será válida, seja qual for a dose da sua cerveja ou destilado favorito, seja qual for o cenário da sua balada, seja qual for o nível de sua coragem, seja qual for o argumento para ser aceito no “grupo”.
A quem não acredita, acompanhe o vídeo abaixo de uma campanha que foi veiculada na Nova Zelândia que, apesar de não estar ligada ao efeito do álcool, associa a falta de prudência ao volante a uma decisão terrivelmente irreversível em nossa linha do tempo:
Os documentos que citei elencam que no Brasil, acidentes de trânsito são a segunda causa de morte não natural evitável. Apesar de mostrar uma perspectiva otimista (o estudo diz respeito a dados de alguns anos diferentes, como 2015 e 2017, ainda demonstra que nós temos gastos elevadíssimos advindos com os acidentes de trânsito. Senão vejamos:
“No Brasil, o impacto econômico é evidente e preocupante: o valor de 19 bilhões de reais gastos com óbitos e feridos em 2015 é superior à arrecadação de receita do Mato Grosso (R$ 16 bilhões), em 2016, e do programa nacional de repatriação de recursos no exterior (R$13,19 bilhões), em 2017.”
“Nos países de alta renda, a velocidade responde por 30% dos óbitos, enquanto nos demais é responsável por 50% dos acidentes.”
“O uso do celular distrai o motorista em 4 dimensões: visual, cognitiva, física e auditiva.”
“Os acidentes de trânsito são responsáveis por elevados custos financeiros no setor saúde do Brasil, consequentes aos óbitos, traumas e às incapacidades geradas. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em 2015 mostra que os acidentes envolvendo automóveis apresentaram o maior percentual (75,2%) entre os AT, em 2014. O atlas da acidentalidade no transporte brasileiro traz que, do período entre 2007 e 2017, os acidentes envolvendo automóveis em rodovias federais policiadas foram os que obtiveram o maior número de óbitos, totalizando 34.946.”
Todo este contexto confuso pelo qual estamos passando certamente tem um significado muito especial dentro de nosso papel individual e coletivo. Veremos as coisas com outros olhos, com muito mais cuidado, com muito mais critério e com a consciência de que devemos fazer a nossa parte, pois a soma de todos os esforços implica na melhoria de uma sociedade.
Esta seria uma grande atitude e é claro que muitos interpretarão como algo extremamente utópico, de um momento para outro, esperar da maioria avassaladora dos condutores uma consciência no ato de dirigir. Mas podemos transpor, neste atual contexto de choque de realidade protagonizado por um ente microscópico (o vírus), esta mudança em algumas pequenas ações que abaixo sugiro e que, multiplicadas, acredito que amenizarão a centelha de desigualdade que ainda impera por todo o Brasil e em diversas partes do mundo. Vamos pensar?
1. Não transpor, por sua superioridade física, o lugar da fila que seria de outra pessoa, fingindo que a outra não existe. Gentileza gera gentileza, vamos lembrar...
2. Guardar o lixo que você produz durante o seu deslocamento (trabalho x casa ou vice-versa, por exemplo), para descartar em uma lixeira que encontrar no caminho, ao invés de jogar no chão. Apesar de termos incansáveis trabalhadores que zelam pela limpeza do espaço que vivemos (garis), vamos fazer nossa parte para amenizar um pouco da pesada rotina que eles têm?
3. Que tal dedicarmos um pouco do tempo livre que temos para fazer o bem ao próximo? Exemplo: vamos trocar a balada de um fim de semana, por uma “balada alternativa” rumo a um banco de sangue? Se diversos grupos de amigos agirem assim, nossos estoques melhorarão sensivelmente e não haverá falta para quem precisa.
4. Que tal também utilizarmos o bem tão precioso (a água) com mais cautela
De um grande medo, toda esta pandemia que acometeu o globo como um todo acredito que se tornará uma mudança de estágio do Planeta Terra. O bem prevalecerá sobre o mal, a solidariedade tomará o protagonismo no âmago de muitas pessoas que pouco se apercebiam disso.
Os links dos documentos (para quem desejar ler e obter alguns dados), estão logo abaixo. Façam a sua própria reflexão e a partir disso, pensem que a mudança está mais próxima do que você mesmo imagina...
Que a paz prevaleça (em um futuro muito breve)!
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