Do Cadeirão Infantil à Cadeirada - A "Dança das Cadeiras" Eleitoral...
Quando pequeno, eu me lembro que muitos momentos de alegria ao lado de meus pais tinham o chamado cadeirão como protagonista, nos restaurantes que frequentávamos. Era uma espécie de cadeira contendo um cercadinho, para os bebês ficarem na altura da mesa e assim, perto dos pais durante as refeições.
Pois bem, a cadeira era uma figura de respeito... Expressava um pouco da
afetividade, da confraternização e do amor incondicional dos pais.
Em outro sentido, uma cadeira representa uma condecoração importante, outorgada
a uma personalidade notória do cenário cultural brasileiro. Trata-se da
Academia Brasileira de Letras e sua disposição de assentos. São 40 cadeiras
atualmente, contando com nomes de pessoas como a atriz Fernanda Montenegro, o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o escritor Paulo Coelho.
Na aviação comercial, temos dois assentos que são primordiais para o
funcionamento do vôo: o do comandante e o do co-piloto. Em alguns casos (era
mais comum em décadas passadas), também figurava o engenheiro de vôo.
Mas qual a razão para escrever uma resenha tendo como protagonista este
elemento inanimado (cadeira), em um blog que discorre acerca do comportamento
humano? A seguinte: ela, há alguns dias, foi utilizada como arma de ataque
durante um debate eleitoral em que a tônica (infelizmente), ficou muito longe de
ser propositiva. Pelo contrário: ao invés de termos um espaço aberto para troca
de ideias e apresentação de propostas, o que tem importância quase total ali é
poder destrinchar e expor todos "calcanhares de Aquiles" de cada um
dos candidatos...
Como minha sábia progenitora citou, tornou-se um "programa de terror"
aquele excerto do debate, pois, brincadeiras à parte, as consequências do
ataque direto poderiam resultar em ferimentos muito mais sérios ao candidato
atingido.
Enfim... A cadeira mais atingida nisso tudo não parece ser a protagonista do
golpe... Mas sim a do gabinete do prefeito por conta de certas dúvidas que são
suscitadas à capacidade de crença dos eleitores...
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