Agora Ter Livre-Arbítrio Virou Coisa do "Capeta"?

Bom dia, pessoal!

Nada melhor que, em uma manhã fria de domingo, ler e escrever um pouquinho...

Meu pai me enviou um artigo da Folha de São Paulo, o qual comenta da possibilidade de tirar do ar a programação mantida pelo Missionário RR Soares no horário nobre da Rede Bandeirantes: o performático e lucrativo "Show da Fé".

Como a relação tempo x dinheiro não vem sido bem traduzida em números favoráveis à emissora paulista, cogita-se a possibilidade de encerrar a exibição desta programação a partir do fim do ano. Segundo o mesmo artigo, pesa nesta decisão o fato de RR Soares desembolsar, para manter o seu "Show da Fé", R$ 4 milhões mensais.

Eu sou uma pessoa que tem fé, acredita em Deus e até mesmo em alguns princípios relacionados à diferenciação de mundos. Acho que, se um Universo, em que as distâncias são medidas em anos-luz e até mesmo o parâmetro de distância entre a Terra e a Lua (aproximadamente 385 mil quilômetros) é considerado pequeno, não há porque nós estarmos sozinhos nas galáxias...

Tracei o paralelo acima para dizer que a religião, quando raciocinada e mensurada dentro de parâmetros razoáveis de análise e senso crítico, é muito válida para engrandecer a existência humana, pois propõe valores ligados à solidariedade, generosidade, isonomia e humildade.

Porém, por conta de muitas personagens espalhadas por aí, que utilizam a mística da religião e a fé das pessoas mais humildes, que anseiam por uma vida melhor, determinados líderes de igrejas e templos subestimam a nossa inteligência e atrelam certos fenômenos e acontecimentos à "ação demoníaca".

Uma personagem emblemática, que ficou marcada no histórico do YouTube, é o pastor Marco Feliciano, que utilizou-se da intensidade das palavras proferidas por um de seus assessores e da performance de incorporação, para patrocinar um dos momentos mais absurdos (mas por que não dizer até engraçado?), dentro de toda uma "geléia geral" de besteiras. Tanto sucesso fez que esta performance foi adaptada à diversas personagens:

1. Ao Zangief, lutador russo do "Street Fighter", famoso jogo de luta dos videogames, por conta do igualmente famoso golpe giratório. Para quem não conhece o Zangief, veja abaixo uma pequena performance dele:







E compare ao giroscópio ambulante do "pastor":



2. Ao pião da casa própria do Silvio Santos:



3. E até (que ofensa a um filme que eu gosto), ao Flashdance!:



Tudo isso eu expus porque acho absurdo o Sr. RR Soares dizer que (e somente agora!, que os índices de audiência desceram a nível "traço"), o "Ibope" é coisa do capeta. Certo, então o livre-arbítrio que nós temos direito de exercer, dentro da legalidade e sem ofender outras pessoas, apenas escolhendo outra programação para assistir, acaba sendo coisa do "capeta"?



Acho que não, Sr. RR. Acredito que trate-se de um bastião de esperança, onde mais pessoas podem estar constatando que para ter fé, não é necessário um "show" performático, em que, quem colabora continuamente com uma igreja (eu não condeno isso, desde que beneficie mais e mais pessoas, não apenas cofres de alguns, frise-se bem!) é denominado "patrocinador".

Até a próxima postagem, pessoal!


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