Amor - Muita "Areia" do Caminhãozinho Amoroso...
No fundo toda mãe, independentemente da idade de seu filho, guarda dentro de si algumas referências da época do início de seu desenvolvimento, das fases da infância e adolescência. Por conta disso, alguns símbolos afetivos permanecem na linha do tempo e à primeira vista aparentam ser antagônicos e até ofensores em relação à maturidade. Mas esta classificação carece de uma análise mais profunda e compreensão de algo muito importante: o amor incondicional.
Esta demonstração de carinho precisa vir carregada de objetos presentes nas primeiras fases pós-nascimento dos filhos. Assim sendo, o amor é atemporal e determinadas formas de tratamento não se alteram, apesar do velho chavão "filhos são criados para o mundo"...
Mas o mundo, por mais permeado de obstáculos que seja, guarda ainda um ótimo espaço para armazenarmos referências do bem. Gentileza, generosidade, empatia e interesse genuíno ainda habitam os hábitos de muitos dos humanos. Estes batalham para disseminar não somente o bom convívio, mas também uma seara de respeito e liberdade para a escolha de muitas referências, deixando de lado uma classificação meramente etária.
Tudo isso foi dito porque por estes dias fui presenteado. Minha mãe, resgatando minhas preferências de quando pequeno, me ofertou um mini caminhão a fricção para o Natal. Segundo ela, queria me dar alguma coisa ligada aos brinquedos que mais apreciava e o veredito final (entre meu presente e um avião) deu-se por conta meramente da diferença de preço entre os produtos. Mas ela tinha ciência que, pelo fato de ter eu trabalhado na aviação por longos anos, o quanto um Boeing ou Airbus seriam bem-vindos em minha pequena coleção de veículos...
Mas isso não desabona este caminhãozinho, que vem em fotos a seguir, pois apesar de só ter a chamada parte do "cavalo" (não tem a caçamba), ele transporta consigo uma carga emotiva muito valiosa: uma tonelada de amor.
Esse amor, dentro do que esperava, não é muita "areia para este caminhãozinho". Pelo contrário, é somente uma fração da dedicação contínua dispensada por ela ao longo do tempo à minha pessoa. E fico feliz por saber que assim como eu, mais vale o valor do presente, do que o preço (afinal são conceitos bem diferentes para se qualificar). Pois o primeiro, se em termos de cifras é baixo, representa um grande tesouro sentimental e nostálgico...
Até a próxima postagem pessoal!
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