Minhas Resenhas Cinematográficas - "Por Amor" (For Love of The Game)
Olá, pessoal.
Nesta prosaica e acinzentada tarde de domingo em São Paulo, me caiu como uma luva o casual encontro com o romantismo, proporcionado pelo filme "Por Amor" (For Love of The Game), protagonizado por Kevin Costner.
Nesta prosaica e acinzentada tarde de domingo em São Paulo, me caiu como uma luva o casual encontro com o romantismo, proporcionado pelo filme "Por Amor" (For Love of The Game), protagonizado por Kevin Costner.
Para quem é afeito à casualidade, fato que parece ter sido preparado por algum anjo protetor dos solitários, mesmo um roteiro aparentemente previsível ainda chama a atenção e dá esperanças a respeito do poder transformado que este sentimento (amor), tão nobre proporciona.
Logicamente os filmes potencializam situações que projetadas ao mundo real, nós GOSTARÍAMOS que ocorressem, mas que ficam apenas no campo utópico. Não é tão comum assim uma conjunção de fatores tão favoráveis na rotina de um reles mortal trabalhador urbano: a bela moça solitária à beira da estrada com sua beleza sutilmente intelectual, mas extremamente atraente pelos mistérios que isso esconde ávida por ajuda por ter seu motor fundido e você passando por ali, mesclando um sentimento de incredulidade e uma vontade de ajudar a bela donzela.
Com a combinação de sacadas inteligentes e troca de olhares românticos, o clima propício à uma abordagem bem-sucedida acontece, mote que abre as portas para história bonita e dramática que está por trás do filme (a rotina de um jogador de baseball em fim de carreira). Isso porque ele reúne, para as duas personagens centrais, um elemento comum para análise: o conflito entre o sucesso profissional e o vazio sentimental.
No fundo, mesmo os mais convictos solteirões declarados, em sua maioria têm aquele desejo intrínseco de encontrar a pessoa da sua vida. E justamente quando demonstramos aquela falsa independência, aquela autonomia referente a isto, trata-se na realidade de algo artificial, expressado por fatores externos aparentes (belas mulheres, fama, dinheiro fácil).
Esta anteposição da personagem famosa e da outra prosaica e mundada com seu respectivo poder encantador, já foi mote de outros filmes como "Uma Linda Mulher". Justamente a busca pela simplicidade amorosa, que por mais incrível que pareça rende frutos e aprendizado para toda a vida e promove uma autêntica reforma de conceitos naquilo que pensamos ser líquido e certo.
Eu não tenho vergonha em admitir que vivo sob uma certa utopia sentimental e alimento na minha imaginação um cenário parecido para viver um grande amor, mesmo sob a égide de alguns conflitos, porque eles são interentes à espécie humana e, dentro de certa medida, necessário à nossa felicidade e maturidade.
Até a próxima postagem, pessoal!
Comentários