Os Opostos Têm Que Se Atrair? Em Nome da Conciliação, Sim!

Nós aprendemos muito ao longo da vida. Desde a infância, pela educação formal da escola, do maternal ao jardim, do primário ao secundário, norteamos nosso conhecimento por muitos assuntos, mesmo alguns que não são de nossa predileção. Pelo contrário, é muito comum elegermos como vilões as matérias classificadas como de exatas, caso da matemática, física e química, devido à complexidade e tempo consumidos durante seu estudo. Ademais, são as ditas campeãs de reprovação, já que estes preceitos (dedicação e esforço), não são fielmente cumpridos pelos discentes... 

Mas, com o advento da modernidade e de seu aparato tecnológico, no aspecto "convivência" muitos de nós caminhamos no sentido diametralmente oposto. E a palavra que veio a acompanhar este caminho foi "bullying". Sim, a contínua e massacrante ação de atribuir adjetivos nocivos às pessoas fora dos padrões esperados e desejados de beleza e comportamento, a qual, de uns tempos para cá, especialmente em períodos de votação para eleição de postulantes à Presidência da República, intensificou-se, ganhou um nome massivamente divulgado e estudado. 

Analisando o campo da política, abordado no final do parágrafo anterior, fez com que lados opostos, sem uma análise fundamentada da conduta individual e das razões personalíssimas, promovessem autênticas contendas. Com isso, dentro das famílias, muitas discussões ocorreram, resultando em fatos como separações, segregações, brigas e desencontros. 

A política é importante de maneira a proporcionar a busca e cumprimento de nossos direitos e deveres. As eleições identificam a preferência dos cidadãos. Mas o exercício de cidadania não se resume ao voto: também exige de cada um de nós a fiscalização e pesquisa dos projetos de lei enviados para apreciação e após sua aprovação, o efetivo cumprimento. 

Porém existem situações nas quais percebemos a necessidade de refletirmos sobre o contexto vivido. Em situações de tensão emocional elevada, como a espera em um hall de hospital, estas diferenças filosóficas acabam sendo deixadas de lado em nome da solidariedade em relação ao próximo. Dois dramas, envolvendo duas crianças e suas duas mães: este é o roteiro básico ligado à situação que relatei, retratado no episódio 15 da 4º temporada da série "The Good Doctor".

Ao mesmo tempo em que se aproximam, estas mães se afastam por conta de um detalhe visual em uma das cenas, mas à medida que os acontecimentos se sucedem, existe a clara percepção da necessidade de afastar o rancor e o ressentimento em nome de algo maior: a busca pela vida e a sustentação mútua emocional mediante a solidariedade. 

A percepção a respeito de que o planeta Terra é um habitat oferecido para todos nós, humanos, independentemente de cor, raça, credo e aspectos fisiológicos, dentre outros fatores possíveis, deveria ser um processo muito mais fácil de administrar. Mas, mesmo seguindo um autêntico "passo-a-passo" em certos casos, percorrendo fases como negociação, tolerância, guerra, trégua, novamente guerra, cessar fogo e derrota de um lado (com vitória do oponente), este processo aqui descrito também não acaba não constituindo-se como o ideal, justamente por segregar: separa vencedores de perdedores... 

Na realidade todos deveriam ser os "vencedores". Nosso planeta pode dispor seus espaços para a pluralidade, de maneira a respeitarmos as pessoas que cultivam valores (especialmente religiosos e filosóficos) distintos dos nossos. Não devemos generalizar a preferência política de um indivíduo como uma espécie de "marca indelével" de mau-caratismo. Cada indivíduo tem uma história, seu "background" educacional e sua conduta. Então não é válido generalizar. 


Portanto, neste sentido meramente conciliatório, podemos viver em harmonia, sim! Mesmo não admirando plenamente os costumes/hábitos de outros povos, devemos respeitá-los, desde que, é claro, não infrinjam as leis. 

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