Quero
trabalhar aqui com dois números e posteriormente saberão a razão disso: o 50 e
o 100. Um é o dobro do outro, a uma primeira análise, mas nesta abordagem terão
o mesmo valor pela relevância do vínculo deles às pessoas que serão relatadas.
Começando pela grata reserva de tempo que dediquei neste fim de semana para
visitar a Feira do Empreendedor, com o privilégio de acompanhar em 1 hora de
apresentação, a palestra da atriz (e agora empresária e empreendedora) Flávia
Alessandra.
Ela, uma carioca de Arraial do Cabo, decidiu quando jovem seguir figuração em
trabalhos artísticos de publicidade. Sua trajetória de atriz, segundo ela, teve
uma derivação de foco notadamente quando a pandemia veio à tona, desenvolvendo
nela, já fornada em Direito e tendo também cursado Comunicação (que
interrompeu), está faceta empreendedora e de palestrante.
Mesmo sob adversidades como a descoberta de um aneurisma na aorta de seu
marido, Otaviano Costa, seguiu em frente e hoje tem participação societária em
diversas empresas como Royal Face e Marcos Proença Cabeleireiros.
O vínculo dela com o número 50 é muito simples e prático: pois é sua
atual idade, justamente em parceria com este leque de alternativas que fazem-na
plena e realizada nesta fase da vida. Curiosamente porém, revelou mais ao fim
de seu relato, um desejo de voltar às tramas televisivas, em um papel de
protagonista de uma futura novela...
Seria a vida recomeçando aos 50?
Mudando de assunto, olhando a foto deste distinto senhor, o que você diria que
ele faz? Nada?
Com o perdão do trocadilho, sim! Você está certo: NADA... mas de braçada.
Trata-se do gaúcho Anton Karl Biedermann, nadador e remador há mais de 89 anos.
Hoje (e fazendo alusão ao número 100), permanece ativo e ostenta marcas
respeitabilissimas como 253 medalhas de ouro em provas individuais e
revezamentos, 46 recordes brasileiros, 37 sul-americanos e cinco
pan-americanos.
Além disso, tem formação em contabilidade, economia e administração.
Estes casos aqui descritos tiveram a finalidade de ilustrar o quanto nossa
vida, com menor ou maior vigor físico e mental, ainda proporciona desbravarmos
alternativas para mantermos nossa auto-estima em um bom índice principalmente
afastarmos uma certa tendência que acomete a população idosa e de
"meia-idade" podemos assim dizer: a falta de pertencimento e uma
tendência derivada disso de nós isolarmos de outros grupos de pessoas.
E disso,
parte para muitos dos casos de depressão e ansiedade.
Então aqui é preciso dar um recado aos respectivos receptores das mensagens:
vamos tentar praticar a chamada "escuta ativa". Porque, por mais
distante que esteja nossa faixa etária atual (me refiro aqui aos jovens e
adolescentes) dos chamados centenários ou cinquentonas (aqui retratados no
texto), sentido mais amplo faz a eles se nós dermos real importância a seus
feitos. Afinal, de pouco adianta desempenhar atividades cujo objetivo fim
destina-se a um público-alvo, se esta mensagem não recebe a atenção devida.
A vida começa aos 50, 100... ou qualquer outra idade pela qual nos sintamos
predominantemente felizes com aquilo que desempenhamos. E em alguns casos,
assim como os profissionais do meio artístico, a realização plena somente é
alcançada pelo reconhecimento dos espectadores. Do "respeitável
público", que venha a eles o respeito também...
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