The Police em Minhas Esperanças...

Olá, pessoal!

Parece que realmente o trem da nostalgia quer me carregar junto a ele mesmo.

Hoje, nas minhas "andanças culturais", no meu velho circuito de livrarias e lojas de CD's e eletroeletrônicos, me deparei com uma preciosidade que tinha em vinil: o CD do The Police, chamado "Ghost in The Machine" (1981), cuja imagem reproduzo abaixo...

Das músicas que compõem este álbum, eu gosto particularmente de duas: "Spirits In The Material World" e "Invisible Sun". Ambas têm temáticas ligeiramente diferentes, mas voltam a traçar, metaforicamente falando, algumas análises sobre as condutas humanas de segregação e indiferença em relação ao próximo.

Um sol invisível parece ser algo um tanto quanto estranho para se pensar à primeira vista, mas na realidade o que se quer dizer na letra é que ele deve abraçar a todos, pois pudera: o sol ilumina um planeta, oferece o seu calor de forma isonômica nos continentes que abarca. Mas, por força de termos pessoas que não pensam desta maneira e que gostam de se armar com preconceitos e impor a sua opinião sob qualquer condição, o sol realmente "não nasce para todos"...

There has to be an invisible sun (Tem de haver um sol invisível)

It gives its heat to everyone (Ele dá seu calor a todos)

There has to be an invisible sun (The de haver um sol invisível>

It gives us hope when the whole day's done (Que nos dê esperança quando o dia terminar)

É isso que podemos depreender do refrão de "Invisible Sun". Muitas vezes o nosso dia inicia, mas na realidade queríamos que já tivesse terminado, devido à parca expectativa de algo diferente ou significativo a realizar. Mas, o sol, a energia que irradia, nos dá esperança quando este dia terminar...

Este mesmo sol que foi alijado, como falei no texto de ontem, de diversas pessoas que sequer tiveram direito de um autêntico princípio válido dentro do Direito: a defesa. Foram sumariamente separadas de seus entes queridos, enganadas e assassinadas, vide os atos cruéis perpretados durante a II Guerra Mundial, em seus campos de concentração, como Auschwitz. Triste lembrança...

Nesta linha de pensamento, já tendo provado que a política acaba burocratizando e desvirtuando a conduta humana, vem bem a calhar os três primeiros versos de "Spirits In The Material World":

There is no political solution (Não há solução política)

To our troubled evolution (Para nossa evolução problemática)

Have no faith in constitution (Não há fé na Constituição)

De fato, a nossa fé fica mitigada, quando vê tanto desrespeito à Constituição e tantas brechas no Código Penal que aumentam a nossa insegurança. Então, não há solução política que dê jeito nisso tudo: a melhor solução é aquela que reside em mudanças de nossas atitudes como seres humanos: pequenos gestos de cidadania e voluntarismo que podem ajudar o próximo, sem depender de legisladores que parecem legislar apenas por causa própria...

Para terminar, ilustrando bem a situação caótica reinante na política brasileira, vejam este discurso (ato de desagravo) da deputada Cidinha Campos - RJ, e reflitam...

Arrasador, porém nem para todo mundo...

Até a próxima postagem, pessoal!