Perspectivas - Paradoxo de Nosso Tempo (Em Tempos de Pandemia)

Nem tudo é o que parece ser, em uma primeira análise... então já aviso de antemão que nem tudo que está descrito no áudio que disponibilizarei a vocês, é um retrato fidedigno de todos desígnios da humanidade e tem como principal finalidade o despertar de uma certa reflexão a respeito da necessidade de evolução do Planeta Terra pela ação do ser dotado de "tele-encéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor" (definição essa dada no documentário "Ilha das Flores" - Jorge Furtado).


A propósito, este é um primeiro ponto importante para abordar nestes escritos: em uma passagem do belo texto "Paradoxo de Nosso Tempo", declamado pelo saudoso Franco Neto (que enfileirou os microfones da Jovem Pan por décadas), ele diz: "aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência". E nessa atmosfera desenfreada da busca pela vacina dita "ideal", o que mais constatamos é justamente isso: não existe um limiar de paciência disponível, um lapso de tempo considerado adequado, dada a necessidade premente de barrar o avanço de um vírus até o presente momento, misterioso e ardiloso em suas incursões junto à espécie humana...


E nessa batalha incessante contra o tempo e pelo impedimento do avanço da pandemia, lotação das unidades hospitalares e diminuição do pessoal vinculado à frente de batalha (profissionais da área médica, transportes, abastecimento, dentre outros), milhões de pessoas pelo mundo afora não podem ter o privilégio da "espera paciente" ou do remanejamento de seu local de trabalho, porque são o "exército" que compõe as fileiras das chamadas "atividades essenciais". Sob a égide da responsabilidade e também em muitos casos do amor à profissão, atuam como "escudos indiretos" contra o terrível agente viral, nos oferecendo o vital para seguirmos o dia-a-dia dentro da nossa possibilidade mais favorável do isolamento social e aumento dos cuidados básicos. 

Deste contexto todo que aqui, para não me estender demasiadamente apenas transmiti um parecer resumido, acredito que possamos tirar duas lições principais (uma não muito favorável, outra favorável):

a. o imediatismo, fomentado por uma parcela de nós, desabilita a possibilidade de traçar uma análise menos obtusa em relação ao nosso semelhante, às opiniões que ele tenta expor e ao seu próprio jeito de ser. Jeito esse o qual por ser em muitos casos diferente do desejado pelo receptor da comunicação, acaba sendo classificado como incorreto, ofensivo e fora de propósito. Neste caso falta a contraparte, o "saber ouvir" e em determinados momentos, mesmo dentro do universo do lar, acaba gerando desarmonia, inadequada num contexto normal, mas com muito mais intensidade no hodierno.

b. a constatação de nossa capacidade de desenvolvimento de medicamentos/vacinas, pelo fomento de pesquisas e estudos: a SARS (Síndrome da Insuficiência Respiratória Aguda) já vem sendo estudada há muitos anos e alguns imunologistas são uníssonos em dizer que tal fator colaborou sensivelmente para a oferta das atuais vacinas. 

É claro que muitos eventos da história ocorreram e nos marcaram de forma trágica, mas após estes duros aprendizados, as lições e ações subsequentes demonstraram esta capacidade que possuímos de fazer brotar e preponderar o bem sobre o mal. Faz parte da evolução espiritual que todos nós temos que buscar continuamente. E acredito em um 2021 trilhando uma estrada em conjunção com tal caminho. 

Até a próxima postagem, pessoal!





  




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