Pobre Homem Rico...

Talvez a gente não saiba, mas a palavra “medíocre” possui um sentido mais amplo do que o mais comumente empregado: trata-se de uma vida linear, sem muitos desafios, sentidos, algo desta natureza.

Nessa variação de raciocínio explicativo talvez eu encontre razões para explicar o porquê de uma superexposição, conduzida pela revista Veja SP, de uma figura, cujo mote principal seja a alcunha de “Rei do Camarote”. Trata-se do empresário Alexander de Almeida, cujo principal conjunto de motivações da vida resume-se no seguinte (em próprias palavras):


“ter um carro potente” (de preferência uma Ferrari), se cercar de famosos (e seguranças), pedir champanhe (eles vêm com fooogooo), convidar mulheres bonitas e, atenção a este último item, ter um instagram!”

Evidentemente que o lazer é algo que todos têm direito de exercer, mas cercar-se do poder que ele emana por conta de apetrechos materiais, representa a faceta da mediocridade que abordei no primeiro parágrafo... O exagerado, o histriônico, o impactante, o fugaz, o luxuoso, acabam cansando pela sua alta frequência e pela percepção, ao longo do tempo, do extremo artificialismo que isso representa dentro da gênese da alma humana. Certas demonstrações, além de tornarem-se cansativas, por conta desta atmosfera artificial, além disso, acabam revelando uma outra faceta preocupante... do quanto o homem precisa mostrar o seu poderio material para ganhar admiração por onde quer que se passe (admiração questionável, aliás). 

De qualquer forma, além da reportagem, existe um vídeo que demonstra toda esta série de artifícios acima enumerados. Cada qual que faça sua análise, mas na realidade, a conclusão que chego é a seguinte... pobre homem rico... faltam reais desafios e reais sabores da vida a viver (e sem artificialismos...).


E para quem deseja ver uma faceta menos trágica (e muito mais divertida) desta análise, dentre as diversas paródias existentes, destaco a que está abaixo...


Até a próxima postagem, pessoal!


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