Reflexões de Ano Novo - Relativizando a Importância de Cada Um de Nós...
Bom dia, pessoal.
O tempo realmente é muito surpreendente e nesse sentido, após as comemorações da virada, a queima de fogos, o cumprimento aos parentes e amigos, resolvi, antes de sucumbir definitivamente ao sono, dedicar as minhas primeiras palavras ao ano de 2013. Que ele seja realmente bem-vindo!
Havia assistido mais cedo um vídeo a respeito de etnocentrismo, conceito pelo qual algumas pessoas concentram seus esforços para explicar que, tomando como critério principal a etnia (caucasiana, negra, parda, asiática), existe diferença significativa de nível de inteligência entre os povos.
Esse é um precedente bastante perigoso e como sabemos já na linha do tempo, serviu como base de justificativa, por exemplo, ao ditador Adolf Hitler iniciar a II Guerra Mundial e segregar as chamadas minorias inferiores, como negros, judeus, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais.
Quis introduzir com este breve apanhado histórico justamente para traçar uma diferenciação entre discriminar (etnocentrismo) e relativizar a importância das pessoas em nossas vidas.
Percebi (fazendo um apanhado geral das relações que estabeleci durante o ano de 2012), que na realidade não foi possível mensurar corretamente, na maior parte do tempo, se havia uma correspondência proporcional à minha dedicação, nos diálogos que travei, nas preocupações que manifestei, nos atos que desenvolvi.
Verifiquei que existe algo muito comum entre nós, ditos "senhores do tempo" e o sinal dos tempos da sociedade atual: a volatilidade das relações. E até mesmo a excessiva virtualização destas...
Porém, ao invés de apenas designar a culpa à virtualização em si e à indiferença manifestada em momentos cabais, acredito que um "mea culpa" seja muito saudável no sentido de reconhecer que nas situações de decepção, eu hiperbolizei a importância dada a mim, naquele momento inicial, naquele clímax já esperado no início do processo de conhecer alguém.
Acabei por tornar-me o elemento mais distante, de menor escala...
A conseqüência mais chata a respeito disso é o saldo de mágoas e decepções que permanece, pois isso prolonga sentimentos desnecessários e nos tolhe de um precioso tempo, o qual poderia ter sido usado para envidar ações muito mais saudáveis.
E projetando isso (já que estamos em época de festas e na madrugada do réveillon) à ação de beber e dirigir, infelizmente, mesmo tomando em consideração a recente mudança da regulamentação do código de trânsito, muitos insistem ainda em relativizar a combinação destas duas ações, considerando-as compatíveis e sem risco algum a si e à coletividade, conforme o exposto abaixo:
Aparte o caráter de crítica às leis brasileiras e também o alerta de que elas devem ser mais duras com os condutores, percebe-se aí que a relativização de importância com a vida alheia é menos relevante do que a preocupação em si com a conseqüência dos seus atos.
Traçando até um paralelo à famosa Lei de Gerson (gerada pelo vídeo abaixo, com o jogador Gérson, da copa de 1970), o jovem acima acredita que pode levar vantagem em tudo, pois se a legislação lhe é frouxa, lhe permite o pagamento de uma módica fiança, ele pode estar acima do bem e do mal e promover um autêntico "Grand Theft Auto" pelas ruas...
Aí retomo a questão da relativização da importância do outro. Este rapaz que deu tão destemida entrevista (Luan Rocha), talvez pudesse rever seus conceitos, assistindo a este comercial institucional veiculado tão exaustivamente na Austrália, o qual mostra de maneira cruel e impactante, a ação do álcool no trânsito...
Você seria tão destemido assim, Luan?
Feliz 2013 a todos (apesar que acho que levará muito tempo para mudarmos determinados paradigmas). Eu espero alterar alguns dos meus durante este ano, para assim não me decepcionar tanto...
Até a próxima postagem, pessoal!
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