Museu dos Relacionamentos Acabados - Zagreb (Croácia)

Boa noite, pessoal.

Devo confessar que até então eu pouco conhecia da história da Croácia, país europeu fronteiriço à Itália apenas pelo golfo de Trieste. O território foi criado a partir de uma divisão da Iugoslávia, após uma guerra civil que vitimou muitos civis e foi encampada principalmente pela etnia Sérvia. A Croácia, detentora da maior e mais desenvolvida economia das repúblicas da Iugoslávia, não escapou a volúpia nacionalista comum a todas as repúblicas jugoslavas.

Em 25 de junho de 1991, após plebiscitos que deram vitória esmagadora aos separatistas, os croatas anunciaram sua separação. Logo em seguida, o território croata foi invadido pelo Exército federal, então sob domínio sérvio, que interveio em favor das minorias sérvias residentes na Croácia (cerca de 10% da população). Diante dos violentos conflitos entre croatas e sérvios e da ocupação do território croata por milícias sérvias, as Nações Unidas intervieram militarmente para assegurar a paz. Em 1992, o país foi reconhecido como independente. Em 1995, numa exitosa operação militar, a Croácia recupera, sem nenhuma ajuda externa, praticamente todos os seus territórios ocupados pelos sérvios. 



De uma nação então marcada por conflitos e tendências separatistas, é curioso descobrir que em sua capital, Zagreb, existe um museu denominado "Museu dos Relacionamentos Acabados". A ideia surgiu oito anos atrás, quando a artista croata Olinka Vistica terminou um relacionamento de quatro anos com o namorado Drazen, também curador do museu. Desde então, o ex-casal vem colecionando peças enviadas por pessoas de todo o mundo. Todas têm valor quase inteiramente sentimental e vêm acompanhadas por um breve resumo da história de amor que representam. Há itens óbvios, como um vestido de noiva, mas também inusitados, como um anão de jardim “atropelado” em um dia de fúria.

O ursinho de pelúcia acima, com os dizeres "eu te amo" está praticamente intacto porque, segundo a presenteada, ele não é o agente causador da discórdia, e sim a pessoa que o ofereceu. O machado ao lado foi utilizado para destruir a mobília de uma ex-namorada de uma moça alemã que fugiu com outra moça. Eis a declaração inusitada: 

“Destruí um por dia nas duas semanas em que ela esteve fora. Quanto mais descarregava minha raiva, melhor eu me sentia. Quando ela voltou para buscar suas coisas, as ripas de madeira estavam todas juntas, organizadinhas. O machado foi promovido a instrumento terapêutico”.

Bem, para terminar este relato curioso deste país dos bálcãs, nada melhor do que mostrar uma faceta diferente da Croácia: as belezas naturais. Um belo vídeo do Parque Nacional Plitvice para vocês desfrutarem. 


Até a próxima postagem, pessoal!



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