Olá, pessoal.
Admito que para este blog eu tenho dedicado pouco tempo, por conta de atualmente estar desempregado. Então, como tenho necessidade de reforçar meu portfólio, tenho dedicado mais meu tempo e estudos ao Verso Uno Design.
De qualquer forma, sendo esta a última decepção do ano (o desemprego), como diz o chavão, "passa um filme em nossa cabeça" e outras vêm à tona e nos fazem associar determinadas referências a fatos atuais.
Ontem, como constantemente faço (e não procuro alardear), fui doar sangue no HC, sendo relembrado desta "obrigação" pela minha mãe. Não encaro como obrigação, porque eu creio que solidariedade e senso de civismo nada mais são do que atitudes espontâneas, que nascem no coração de cada um de nós.
Tampouco fico alardeando a quatro ventos que sou doador, que faço isso x vezes por ano, mas eu quis descrever esta situação cotidiana para relacionar com uma expressão popular: o chamado "programa de índio".
Certa vez, imbuído da expectativa que uma pessoa querida por mim (agora não mais) demonstraria companheirismo de verdade, convidei-a a me acompanhar ao HC para uma doação. Disse que ela não precisaria necessariamente doar, mas a força que me passaria, estando junto comigo em um momento tão significativo, me deixaria duplamente feliz. Ademais, era um dia de folga, onde, logo após a "obrigação", poderíamos realizar outros programas como ir ao cinema, parque ou exposição.
Mas a resposta veio de maneira surpreendente com a expressão acima: é um "programa de índio". Meio que incrédulo, mas sem continuar exageradamente no mérito da minha indignação, disse que não haveria problema por parte dela e que eu iria sozinho.
Bom, eu pesquisei um pouco e verifiquei que a expressão "programa de índio" significa basicamente o seguinte:
"designa atividade ou entretenimento chato, sem graça, aborrecido, lembrando a indolência que grassa nas aldeias, principalmente em dias de calor, quando não há o que fazer a não ser render-se à preguiça." (fonte: http://odia.terra.com.br/educacao/htm/geral_100068.asp).
Afora o tom preconceituoso em relação aos índios, analisando apenas o significado, é irônico dizer que doar sangue representa um programa diametralmente oposto ao conceito acima, porque não denota em algo chato ou indolente: pelo contrário, é algo que me gratifica e, o que recebo em troca é a felicidade suprema. Além disso, PREGUIÇA não é uma palavra que faz parte do meu vocabulário quando vou ao HC para este propósito, porque qualquer esforço é válido para poder ajudar um semelhante, independente de sua etnia e pensamento.
Inclusive, vale ressaltar que, até para estas pessoas que acham que é um "programa de índio", uma bolsa de sangue pode salvar vidas relacionadas à sua família.
Portanto, como diz a música, que tal nos imbuirmos do espírito de que "todo dia, é um dia de índio"?
Mudemos este paradigma e ajudemos nossos irmãos, até mesmo porque constantemente o estoque de bolsas de sangue no Hemocentro de São Paulo, é inferior ao necessário e recomendado pela OMS. Assistam a este vídeo no YouTube, para entenderem: http://www.youtube.com/watch?v=OeQ0OLoxVXQ.
E visitem também o site da Fundação Pró-Sangue: http://www.prosangue.sp.gov.br/prosangue/processarhome.do?method=home.
Até a próxima postagem, pessoal.
Valeu.
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